Entra e sente o perfume
das minhas flores...
Obrigada pela companhia e carinho.
Se puderes, envia-me as tuas pétalas e
moldarei novo canteiro neste jardim.
Podes publicar o que quiseres mas referencia este blog ou a sua autora - A_Medusa.
Há imagens que desconheço o autor. Se fores o seu autor avisa-me.
Arde-me a alma, brasio de paixão
Na madrugada do ser
Que pode o fogo antever
Nas labaredas do coração.
Arde-me o rosto num beijo aceso
Na pálpebra da ternura
Balançando a estrutura
De um corpo indefeso.
E eis que a chama do amor
Incendeia a palavra
Que a custo se lavra
Nos lençóis sem cobertor
Onde os corpos já molhados
Se prolongam abraçados
Até ao fogo final
Da labareda carnal.
A_Medusa
O último artigo foi numa Quarta-feira, 23 de Julho de 2008. Há três anos, sensivelmente. Uma eternidade!
Estou de volta para o meu aconchego porque ainda existe o perfume da sedução, o prazer da palavra, o afeto da jornada, o cálice do desejo, o beijo da vida, o abraço sem mistério, neste mistério medusiano.
A_Medusa voltou para o coração dos seguidores, para o seio dos amadores e para as linhas da sedução que espasma a alma num corpo aberto, pleno de graciosidade.
Aqui, como lá, como além, é o corpo da palavra que ganha forma e apetece voar na prontidão do ser, docemente.
A_Medusa
Pétala do desejo
Sem ti a minha noite é canto triste.
Falta-me o carinho do teu olhar;
Ainda bem que o sonho em mim existe,
Para contigo, meu amor, puder sonhar!
No vulto do sonho eu deposito
Toda a minha cristalina vontade;
É que eu ainda sinto e acredito
Que serás, um dia, meu de verdade.
Tal dia, quem sabe, enfim virás,
A pétala do amor encontrarás
Mais brilhante que o sol e que a lua.
Do meu canteiro, solto o coração
E deixo-me plantar com devoção:
Sou pétala que deseja ser tua!
Maria do Mar
Vaga do coração
Nos teus olhos vejo o mar!
Em sereia me transformas,
Na vez que para mim olhas
Deixo-me hipnotizar.
São momentos que incendeiam
A vaga do coração
Nessas ondas de paixão
Que teus beijos me premeiam.
Meu sonho é inebriante
De uma força escaldante
Reflectida no horizonte.
Fico, assim, enamorada,
No teu corpo ancorada...
O amor reveste a fronte.
Maria do Mar
Alagoa, ninfa do mar
Na colcha de amor, deixada à toa,
E no abraço que o vento apregoa,
Perco a noção do momento que passa
Quando a Alagoa no mar se enlaça.
Estou tentada a beijar-te Alagoa,
Na onda que docemente ecoa.
Um golpe de emoção esvoaça
Na ondulação que em ti acha graça.
Eis que o momento se reparte em dois:
De brancos e azuis se tingem os lençóis
Onde mergulham desejo e saudade.
Aninham-se os corpos em maresia;
Sonham-se desejos em demasia...
As águas se juntam em igualdade.
Maria do Mar
Saudade
A saudade é puro laço
Que aperta muito forte
Desfaz-se com um abraço
E aumenta com a morte.
Porque escalamos a vida
Com o laço da saudade
Enfrentamos a subida
Com amor e amizade.
É com amor que vivemos
E, de saudade, morremos
Na partida desse amor.
E só não deve morrer
Quem de amor e bem-querer
Faz-se em hino de louvor!
Maria do Mar
A Luz
Há um ser que abraça o infortúnio
Que todas as aves parecem conhecer
Vem o dia que a sina melhor é morrer
Só Deus lhe dará o luar novilúnio.
No semblante o ondular neptúnio
O Sol da cura vai desaparecer
Já nada importa, basta anoitecer
Deixar-se apanhar p'lo interlúnio.
As cores entram p'la escuridão
Tingem-se na ponte da exibição;
A noite atinge a parte escura.
Creio em Deus-Pai todo-poderoso,
Que fez o Céu e a Terra, e é bondoso
Sempre que a Luz alegra nossa figura.
Maria do Mar
Fica um pouco
No meu céu, no meu pensar
No meu querer, no meu olhar,
Na pele do bom sentir
Que belo ver-te sorrir.
Mesmo que fosse ao luar,
Simplesmente a navegar
Teu jeito jovial a rir
Sempre pronto a bom servir.
Nos toscos versos que faço,
Neles, encontras meu abraço
Que à solta levas agora.
Leves frases carinhosas
Palavras, banho de rosas,
São presentes nesta hora.
Maria do Mar
Baladas do coração
Quando meus beijos entoam
Baladas do coração
Os meus ossos abençoam
Os toques da tua mão.
Acordes da sedução
Que em nós se apregoam
Deixam-nos em erupção
Mil ecos depressa voam.
Voam gestos escaldantes
Quando enfim somos amantes
Num ninho deveras quente.
E de ti vem um presente
No fervor da fantasia
Nossa noite vira dia!
Maria do Mar
********** Obrigada pela visita e comentário**********
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