Entra e sente o perfume
das minhas flores...
Obrigada pela companhia e carinho.
Se puderes, envia-me as tuas pétalas e
moldarei novo canteiro neste jardim.
Podes publicar o que quiseres mas referencia este blog ou a sua autora - A_Medusa.
Há imagens que desconheço o autor. Se fores o seu autor avisa-me.
O GRITO DA TERRA
Do fundo das águas,
Do abismo dos mares,
Em ânsia de vida
Ao mundo surgi.
Dei gritos guerreiros,
Suspiros, clamores,
À força do braço,
Prá fora m´ergui!
Pintei nova aurora
Em verde esperança
E como criança,
Mostrei o meu chão...
Com duras pedreiras
Com gramas macias,
Com longas madeiras
Fiz meu coração.
Fiz mansos regatos
E lagos profundo.
E de outros mundos,
Canais construi!
Com tenras palmeiras
Matizes de flores,
De frutos, sabores,
Meu dorso cobri!
Abri os meus braços
Chamei o tu nome
E como um homem,
Chorei de emoção
Ao ver-te nas águas
Abrindo caminho,
A espera d´um ninho,
De paz e canção.
Ouvi teus cantares
No Pico, Faial,
Graciosa, Terceira,
Bailando folia!
C´oa Flores, São Jorge,
A lânguida Corvo,
A chã São Miguel
E a Santa Maria...
E lá do Alentejo,
Do Algarves divino
Da bela Lisboa,
Vieste altaneiro...
Qual povo brioso,
Que teve orgulhoso,
O mar por parceiro.
Cobriste meu manto
De novos sabores,
De sons, de amores,
De um novo existir...
E assim no acalanto,
Cobri o teu pranto
Com vida, perfumes
De fausto porvir...
E tu esquecestes
Teus passos passados
E de novos brados
Pulsaram teus brios...
Que lindo deixastes
Meu corpo esguio...
Meus tufos de fumo,
Meus campos, meus rios...
Lotastes minha terra.
Crescestes fartura,
Com olhos ardendo
De sonhos... de amor...
Gracioso me destes
No canto agreste
Um hino fecundo
De risos... de dor!
Teu milho, teu trigo,
Tua verde hortaliça
Tua casa, paliças,
Não vieram de mim...
Então eu mais bela
Nas tuas festanças,
Bailava tuas danças
Em rufo e clarim...
Cercando carinhos,
Até nos meus picos,
Brilhantes ponteiros,
Subindo as alturas...
Com longos caminhos,
Tu me pintastes...
Com luzes e pompas,
Amores, alvuras...
Riscastes meu mapa
Ouvindo os cantores
Cantando o meu nome
Pedindo assim:
“Oh! Ventos marinhos,
Oh! Aves e peixes,
Esquecer, nunca deixes,
Pois parte és de mim!
E ao nauta esquecido
Das lutas inglórias,
Com novas canções
Minha vida ornai!
A todos os sensores,
Que ora passais...
Ouvidos atentos
Meu canto escutai:
“Escute da terra.
De Sonhos.. Lembranças
O HINO DE GUERRA
Aonde tu fores!
Senhores... Senhoras...
Crianças... Pastores...
EU SOU O INFINITO...
EU SOU OS AÇORES!
Fernandes, General Câmara, RS. Brasil
********** Obrigada pela visita e comentário**********
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Machado de Carlos
Mãos de bronze e cútis de puro ébano.
Em tuas asas de ouro senti a faísca!...
Ignóbil, viajei num mundo fantástico
e em êxtase beijei tua túnica.
Naveguei no Atlântico!... Eram efêmeras
as águas... Renasci nas cinzas de Fênix.
Entre pedras encontrei o Éden,
e, imóvel fiquei com o teu fascínio!
No micro frasco de rara fragrância
estava a Medusa: - Lindo ícone
a confundir o meu ego: Um mistério?!
Mas Zeus destruiu a minha fórmula...
Tremi tresloucado diante da efígie
que dourou a ilusão; um doce eflúvio!...
Carlos,
Ribeirão Preto,
18 de Janeiro de 2006.
17h50